Encontro de gestores culturais discute Sistema Nacional de Patrimônio Cultural A busca pela construção do Sistema Nacional de Patrimônio Cultural – SNPC foi a ênfase na abertura do I Fórum Nacional do Patrimônio Cultural, um encontro com 500 participantes, entre gestores, pesquisadores, profissionais, representantes de instituições das áreas de planejamento público e patrimônio cultural, que teve início no domingo, dia 13 de dezembro, O presidente do Iphan, Citando as ações do Programa Monumenta e do PAC das Cidades Históricas, lançado em outubro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também O Fórum Nacional do Patrimônio Cultural O Fórum tem abrangência nacional e é voltado para discussão, reflexão e construção conjunta da Política Nacional de Patrimônio Cultural – PNPC, buscando definir os desafios, as diretrizes e as estratégias de atuação dos gestores. Os próximos encontros acontecerão a cada dois anos, sempre nas cidades onde o prefeito for também o presidente da ABCH. Os esforços do Iphan para a construção do SNPC vêm sendo implementados desde 2007, especialmente na área de gestão de patrimônio cultural. São várias ações como a reorganização da ABCH, a pactuação com o Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura e a criação do Grupo de Trabalho do Patrimônio – GT Patrimônio, reunindo Iphan e órgãos estaduais do patrimônio. Vale citar ainda a realização da I Oficina de Patrimônio e a participação do Iphan na organização da II Conferência Nacional de Cultura – CNC, além dos Planos de Ação para as Cidades Históricas. Os participantes do Fórum Nacional do Patrimônio Cultural vão elaborar a Carta de Ouro Preto, um documento base, elaborado por tema e área de atuação, para a criação de diretrizes para a Política Nacional do Patrimônio Cultural e a estruturação do Sistema Nacional do Patrimônio Cultural. Também serão publicados artigos so Fonte: Portal do Iphan |
sábado, 19 de dezembro de 2009
Ouro Preto reúne agentes culturais para debater política de gestão patrimonial
Iphan inaugura a "Casa do Patrimônio" em Ouro Preto
O imponente casarão da Praça Tiradentes conhecido como Casa da Baronesa passa a ser, além de espaço do órgão fiscalizador do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Iphan, um ambiente de diálogo com a comunidade. Sob direção do arquiteto Leonardo Barreto, a 13ª Superintendência do Iphan inaugurou no local, nesta quarta-feira, 16 de dezembro, a Casa do Patrimônio de Ouro Preto.
Um espaço interativo, irradiador de cultura, a Casa do Patrimônio conta com um circuito expositivo que inclui basicamente três módulos, divididos da seguinte forma: Iphan, Arqueologia e Evolução Urbana. A complexidade e a riqueza do conteúdo histórico-cultural da antiga Vila Rica revelam-se através dos detalhes arquitetônicos que podem ser constatados até hoje ao circular pela cidade e que são ressaltados na mostra de longa duração.
Um dos aspectos principais da exposição é a escavação arqueológica realizada no quintal da Casa da Baronesa em 2007 e a visão parcial do caminho-tronco, traço determinante e formador da malha urbana da cidade, que podem ser observados na área externa da casa.
A exposição pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 9 às 17h.
Mais informações pelo telefone (31) 3551-3099.
Saiba mais:
O casarão conhecido como Casa da Baronesa em Ouro Preto foi residência que pertenceu à família do Barão de Camargos, Manoel Teixeira de Souza, doada à União em 1941. Abriga a 13ª Sub-regional II do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN.
Fonte: ouropreto.com
Lendas e Causos de Ouro Preto
Você conhece a lenda da Mãe do Ouro? E do Cavaleiro misterioso? Não?!
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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Alunos de Turismo Brasília fazem roteiro do Projeto Sentidos Urbanos
Todos os participanes eram alunos da Faculdade de Ciências Sociais e Tecnológicas de Brasília e participaram do roteiro "Antônio Dias".
domingo, 25 de outubro de 2009
Organização para a defesa do patrimônio, divulga reportagem sobre o Projeto Sentidos Urbanos, para o Rio Grande do Sul
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Poetizando...
ou Da revelação do ouro
Nos sertões americanos,
anda um povo desgrenhado:
gritam pássaros em fuga
sobre fugitivos riachos;
desenrolam-se os novelos
das cobras, sarapintados;
espreitam, de olhos luzentes,
os satíricos macacos.
Súbito, brilha um chão de ouro:
corre-se - é luz sobre um charco.
A zoeira dos insetos
cresce, nos vales fechados,
com o perfume das resinas
e desse mel delicado
que se acumula nas flores
em grãos de veludo e orvalho.
(Por onde é que andas, ribeiro,
descoberto por acaso?)
Grossos pés firmam-se em pedras:
sob os chapéus desabados,
o olhar galopa no abismo,
vai revolvendo o planalto;
descobre os índios desnudos,
que se escondem, timoratos;
calcula ventos e chuvas;
mede os montes, de alto a baixo;
em rios a muitas léguas
vai desmontando o cascalho;
em cada mancha de terra,
desagrega barro e quartzo.
Lá vão pelo tempo adentro
esses homens desgrenhados:
duro vestido de couro
enfrenta espinhos e galhos;
em sua cara curtida
não pousa vespa ou moscardo;
comem larvas, passarinhos,
palmitos e papagaios;
sua fome verdadeira
é de rios muito largos,
com franjas de prata e de ouro,
de esmeraldas e topázios.
(Que é feito de ti, montanha,
que a face escondes no espaço?)
E é por isso que investigam
toda a brenha, palmo a palmo;
é por isso que se entreolham
com duras pupilas de aço;
que uns aos outros se destroçam
com seus facões e machados:
companheiros e parentes
são rivais e amigos falsos.
(Que é feito de ti, caminho,
em teu segredo enrolado?)
Por isso, descem as aves
de distantes céus intactos
sobre corpos sem socorro,
pela sombra apunhalados:
por isso, nascem capelas
no mudo espanto dos matos,
onde rudes homens duros
depositam seus pecados.
Por isso, o vento que gira
assombra as onças e os veados:
que seu sopro, antigamente,
era perfume tão grato,
e, agora, é cheiro de morte,
de feridos enforcados...
(Que é feito de ti, remoto
Verbo Divino Encarnado?)
Selvas, montanhas e rios
estão transidos de pasmo.
É que avançam, terra adentro,
os homens alucinados.
Levam guampas, levam cuias,
levam flechas, levam arcos;
atolam-se em lama negra,
escorregam por penhascos,
morrem de audácia e miséria,
nesse temerário assalto,
ambiciosos e avarentos,
abomináveis e bravos,
para fortuitas riquezas,
estendendo inquietos braços,
- os olhos já sem clareza,
- os lábios secos e amargos.
(Que é feito de vós, ó sombras
que o tempo leva de rastos?)
E, atrás deles, filhos, netos,
seguindo os antepassados,
vêm deixar a sua vida,
caindo nos mesmos laços,´
perdidos na mesma sede,
teimosos, desesperados,
por minas de prata e de ouro
curtindo destino ingrato,
emaranhando seus nomes
para a glória e o desbarato,
quando, dos perigos de hoje,
outros nascerem, mais altos.
Que a sede de ouro é sem cura,
e, por ela subjugados,
os homens matam-se e morrem,
ficam mortos, mas não fartos.
(Ai, Ouro Preto, Ouro Preto,
e assim foste revelado!)
in: Romanceiro da Inconfidência
Cecília Meireles
Círculo do Livro S.A., São Paulo, 1975
Revista Museu divulga reportagem sobre o Projeto Sentidos Urbanos
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segunda-feira, 12 de outubro de 2009
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Poetizando ...
é um imenso vale
profundamente mineiral
suas ruas
num sobe e desce
num vira e dobra
são labirintos soturnos
envolvendo corpos
e as pedrinhas
que fazem ladeiras
fachicam indignadas
feito comadres
suas casas nos espiam
(austeras)
com um pudor
estritamente mineiro
em cada esquina
em cada largo
em cada morro
uma igreja nos vigia
(puritana)
rezando salmos
anjos pacientes entornam
água
nos chafarizes
petrificados
à noite
(indefinida)
quando o frio é faca ferindo faces
as casas se encostam umas às outras
e se aquecem seculares
paternal
como a mão mineira
ouro preto persiste
eternamente acolhedor.
Beré Lucas
in: Cardoso Filho, Jusberto (org.) Antologia Poética de Ouro Preto. Ouro Preto: Ed. Autor, 1995. p. 130-131.
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Sentidos Urbanos divulgado na página do Ouro Preto.com
O link para a reportagem é: http://www.ouropreto.com.br/noticias/detalhe.php?idnoticia=2301